Cavalos do Centro de Vigilância de Jaboatão podem estar com a bactéria.
Adagro coletou amostras de sangue dos animais, mas resultado não saiu.
A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) esteve no local na terça (6) e coletou amostras de sangue de todos os cavalos. O resultado que confirma se os animais têm ou não a bactéria Burkodéria Mali, que causa a doença mormo, deve sair em até 20 dias. A enfermidade ataca o sistema respiratório do animal, que precisa ser sacrificado. A Adagro esteve no local em novembro e um cavalo, que teve a doença detectada, morreu antes do exame anterior sair.
O centro funciona no bairro do Engenho Velho. É o local para onde os animais recolhidos pelas ruas do munícipio são levados. Atualmente, o CVA tem 15 animais, segundo a gerência de Vigilância à Saúde do município. O local está com vários problemas estruturais e o mato crescido dá parência de que está abandonado. Com risco de contaminação, os funcionários estão usando roupas especiais e máscaras.
A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Pernambuco (Ademape) denunciou que muitos animais já morreram no local em decorrência da doença. "Recebi a informação de que até o final do ano passado, 32 animais foram recolhidos. Dois foram eutanasiados por causa da doença e outros 14 morreram”, explica Manoel Tabosa, presidente da associação.
O guarda municipal Edson Francisco, que trabalha no CVA de Jaboatão, disse que cavalos foram enterrados no terreno que fica em frente ao Centro. De acordo com a gerência de Vigilância à Saúde, um animal teve a doença e outros dois morreram. Foi aberta uma vala, onde os cavalos mortos foram colocados dentro, em seguida foram incinerados e depois jogaram o barro por cima.
Pela parte de trás do centro, é possível ver os animais que estão nas baias, alguns muito magros. A determinação da Adagro é que, nos locais interditados por causa da contaminação da doença mormo, os animais devem ficar isolados, até que seja confirmado que eles estão saudáveis, o que não vem acontecendo.
O professor Rinaldo Mota, do Departamento de Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), explica que o mormo atinge o sistema respiratório e a pele dos animais. As áreas atingidas produzem secreções. A doença só pode ser transmitida para os seres humanos se as pessoas tiverem contato com as secreções dos cavalos contaminados. Se a doença for diagnosticada no começo, ela tem cura nos seres humanos.
Ele disse, ainda, que a recomendação do Ministério da Agricultura é sacrificar e incinerar os cavalos com o mormo para que outros animais não apresentem a doença e também para que ela possa ser controlada. A incineração é indicada para matar a bactéria transmissora do mormo, que não resiste ao calor.
Fonte: G1.com
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