PROJETO CELULAR LEGAL - Já foram bloqueados 37 mil celulares irregulares
O
presidente da Anatel, Juarez Quadros, disse nesta sexta-feira (18/05),
que já foram bloqueados 37 mil celulares irregulares no Distrito Federal
e Goiás. Os aparelhos irregulares são aqueles sem certificação ou
adulterados, que podem causar riscos aos consumidores e problemas nas
transmissões. Quadros participou do Workshop sobre IMEI (International
Mobile Equipment Identify) que aconteceu hoje na Agência.
No último dia 9 de maio, começaram a ser feitos os primeiros bloqueios
nessas unidades da federação, como estava previsto no calendário de
implantação do Projeto celular Legal. Desde 22 de fevereiro deste ano,
os usuários de celulares irregulares habilitados em Goiás e no DF estão
recebendo mensagens informando sobre as irregularidades.
O Projeto Celular Legal é uma iniciativa da Anatel que busca fortalecer o
combate a celulares adulterados, roubados e extraviados, além de inibir
o uso de aparelhos não certificados pela Agência, nas redes brasileiras
de telecomunicações. O combate a terminais roubados, furtados ou
extraviados já vem sendo tratado pela Anatel desde 2.000 quando se
iniciou a implementação do Cadastro de Estações Móveis Impedidas, o
CEMI. Esse cadastro consiste no controle dos terminais de forma a
impedir sua utilização no Brasil. E a partir de maio de 2016, o projeto
permite ao consumidor solicitar diretamente nas delegacias de polícia
dos estados que aderiram ao projeto o bloqueio do seu celular que tenha
sido roubado. Para isto ele deve informar seu número de telefone.
O diretor de serviços de IMEI da GSMA, Adrian Dodd, durante palestra no
Workshop, explicou que o IMEI é um código composto por 15 números que
permite identificar o órgão responsável (China, Índia, EUA, resto do
mundo) e até marca e modelo do aparelho. O IMEI atesta a autenticidade
do equipamento, permitindo que um aparelho roubado possa ser bloqueado
em qualquer país. Adrian explicou que é importante que se faça a
constante checagem da lista negra, de fabricantes que devem ser
investigados, e da lista branca bons fabricantes. É preciso também
realizar testes em modelos mais vendidos e mais roubados, disse. A GSMA,
disse ele, tem monitorado as ferramentas utilizadas pelos hackers para
clonagem e adulteração de IMEIs. Ele disse ainda que compete às
autoridades legais exercerem seus poderes, com uso das informações
prestadas pelos reguladores.
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