terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

CONHEÇA UM POUCO SOBRE A VIDA DO AGNALDO BATISTA DA TV JORNAL CANAL (2) RECIFE


 
   
 
AGNALDO BATISTA (1)
Foto Ana Farache, Arquivo Jornal da Cidade, junho, 1981.
Nasceu na cidade de Palmares, Pernambuco, em março de 1930 e, ainda nos braços dos pais, mudou-se para viver na capital, onde cresceu no bairro de São José, historicamente, o berço do carnaval de rua do Recife, Pernambuco.
Antes de encarar o brilho do mundo artístico, foi bicheiro, barbeiro, caixa de loja e vendedor de títulos de capitalização.
Na década de 1950 ingressou na Rádio Tamandaré no Recife e atuou como comediante ao lado de um elenco de prestígio, já famoso na época, como Aldemar Paiva, Rosa Maria, Djalma Torres, Luiz Queiroga, Mercedes Del Prado, Cezar Brasil, entre alguns outros.
Procurando não se intimidar entre os colegas famosos, criou um personagem que se popularizou por todo o Estado, o Azarildo, que o colocou de imediato, na categoria dos bons comediantes.
No início da década de 60 foi contratado pela TV Rádio Clube e, algum tempo depois, veio o convite para atuar na TV Jornal do Commercio, como ator e produtor, participando, nessas emissoras, de suas grandes promoções, nos programas, os mais populares.
Paralelamente a esta atividade, foi letrista e compositor de diversas criações carnavalescas, algumas de sucesso.
Nessa atividade, teve como parceiros, nomes como o de Luiz Gonzaga e Genival Lacerda.
Trabalhou ainda, no sul do País, na TVs Tupy, Record e Excelsior e atuou como ator em vários filmes, como “Terra sem Deus”, “A Compadecida”, da obra de Ariano Suassuna; “A Vingança dos 12”, “O Cangaceiro do Vale da Morte”, “A Pele do Bicho”, entre outros. Veio a falecer no Recife, no dia 23 de agosto de 1990.
Algumas de suas obras musicais:
“Tadinha da Maroca”, polca, 1963; “Eu Sou de Você”, frevo-canção, 1963; “Títulos Matrimoniais”, frevo-canção, 1964; “Tela de Saudade No. 2”, frevo-canção, 1974; “Calorzinho de Lascar”, frevo-canção, 1980; “Frevo do Beijoqueiro”, frevo-canção e “Xote Ecológico”, 1989.

Fonte: “MPB – Compositores Pernambucanos – Coletânea Bio-Músico-Fonográfica 1920-1995”, Renato Phaelante da Câmara, Editora Massangana, Fundação Joaquim Nabuco, 1997.

Xote ecológico - Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga

Não posso respirar
Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes Sobreviveu

Fonte: Enciclopédia Nordeste.

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