ANATEL | Anatel apresenta novo modelo de fiscalização regulatória na capital paulista

Com
as alterações propostas, ao invés da aplicação de multas pela agência
reguladora,
as operadoras de telecomunicações deverão adotar obrigações de cessação
da infração, medidas preventivas e reparação aos consumidores
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou, nesta
quarta-feira (20) na cidade de São Paulo, audiência pública sobre a
Proposta de Regulamento de Fiscalização Regulatória, que visa substituir
o atual Regulamento de Fiscalização da Agência. Dessa
forma, a Anatel deve trocar um modelo de fiscalização baseada em
multas, que chegam a R$ 50 milhões por infração, por um centrado no
estímulo contínuo à melhoria da prestação dos serviços do setor.
Com a implantação do novo modelo, que se propõem principalmente a
prevenir e reduzir condutas prejudiciais ao consumidor por parte das
operadoras de telecomunicações, serão estabelecidas às empresas medidas
preventivas e reparadoras ao consumidor. No caso de
cumprimento, a empresa se sujeita a sanção de advertência, o não
cumprimento resultaria em multa. O coordenador de processo da Gerência
de Regulamentação da Anatel, Roberto Hirayama, explicou que “o objetivo é
não aguardar (o término de um processo administrativo
que pode demorar anos) para a solução dos problemas”. Segundo ele, em
alguns casos até é possível a autorregulação entre os operadores de
serviços de telecomunicações.
Para o conselheiro da Anatel e relator da Proposta de Regulamento de
Fiscalização Regulatória, Aníbal Diniz, o projeto é um amplo pacto pela
qualidade no setor de telecomunicações. No entanto, “para a sua
implantação é necessário o comprometimento dos operadores”.
Ele destacou a criação de rankings de qualidade pela agência reguladora
na regulamentação da proposta. Esses rankings a serem construídos com
informações a serem tornadas públicas pelas operadoras de
telecomunicações devem permitir o fortalecimento do poder
de decisão na escolha do serviço pelo consumidor.
A Proposta do Regulamento de Fiscalização Regulatória, sob a Consulta
Pública Anatel nº 53, recebe contribuições até o dia 27 de março pelo
Portal da Anatel. O conselheiro da agência reguladora, Vicente Aquino,
destacou a realização da Audiência Pública como
um fortalecimento à transparência. Além da de São Paulo também
ocorrerão em Porto Alegre, no dia 27/2; Manaus, no dia 13/3, e Brasília,
no dia 20/3, todas nas sedes da Anatel nos estados e no Distrito
Federal. Segundo ele, a Audiência Pública é um ambiente
legítimo discussão pública e apresentação da Proposta à sociedade.
Cerca de 40 representantes de operadoras, órgão do governo e de defesa
do consumidor participaram da audiência de São Paulo.
Para a Anatel, entre os problemas do modelo atual de fiscalização,
grande parte do esforço relativo aos processos sancionadores não tem
trazido retorno proporcional ao trabalho realizado. Números do ano de
2014 e de 2015, informam que 40% das multas constituídas
pela Agência estão inscritas no Cadin e na Dívida Ativa. E no ano de
2015, 21,15% das multas aplicadas estavam suspensas judicialmente.
Documentos relacionados:
Apresentação da “Consulta pública nº 53/2018 - Regulamento de Fiscalização Regulatória” exibida durante a audiência na
cidade de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Acompanhe nossas publicações também nas nossas páginas: www.facebook.com/paulinoandrade.imprensa
www.twitter.com/@folhadenoticiaspe
www.twitter.com/@paulino_andrade
Os comentários a baixo não representam a opinião do B. Folha de Notícias; a responsabilidade é do autor da mensagem.