quinta-feira, 10 de julho de 2025

CTM e Secretaria da Mulher promovem palestra sobre assédio e importunação para fortalecer ambiente de trabalho seguro e respeitoso

 FOTOS: PAULO MACIEL // CONSÓRCIO DE TRANSPORTE METROPOLITANO


Promover a conscientização sobre a importunação sexual e os assédios moral e sexual é essencial para garantir um ambiente de trabalho mais respeitoso, seguro e equilibrado. Com o objetivo de ampliar o entendimento sobre as consequências dessas práticas para a vítima e para o ambiente profissional, o Governo do Estado, por meio do Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), em parceria com a Secretaria da Mulher (SecMulher), promoveu, nesta quarta-feira (10), a palestra “Assédio Sexual, Importunação Sexual e Assédio Moral no Trabalho: Diferenças, Exemplos, Penalidades e Como Denunciar”, ministrada por Walkiria Alves, secretária executiva de Políticas para as Mulheres.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública – Visível e Invisível (2025), 49,6% das mulheres com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de assédio no último ano; 20,5% no ambiente de trabalho; 15,3% no transporte público; e 9% relataram ter sofrido contato físico sem consentimento.

Na ocasião, Alves destacou que, no ambiente de trabalho, essas manifestações das desigualdades de gênero e da cultura patriarcal — que objetifica, subordina e silencia — atingem principalmente as mulheres, causando consequências sérias, como ansiedade, depressão, crises de pânico, baixa autoestima, insônia e transtornos de estresse pós-traumático. Muitas vezes, essas situações levam as vítimas a abandonarem seus empregos, comprometendo sua autonomia e seus projetos de vida.

Walkiria parabenizou o CTM pela iniciativa, ressaltando que, no ambiente corporativo, quando essas práticas não são discutidas, o espaço pode se tornar propício à ocorrência dessas situações. “Essa é uma questão que vai além das leis — é uma questão de educação e de desconstrução de uma cultura que, por muito tempo, naturalizou e até incentivou, mesmo que de forma velada, práticas de assédio e violência. Embora já tenhamos marcos legais importantes que protegem as mulheres, o que ainda falta é diálogo, conscientização e envolvimento da sociedade. Só com a participação de todos e todas conseguiremos romper com esses padrões e construir um ambiente verdadeiramente justo, respeitoso e seguro para todas as pessoas.”

Encerrando o encontro, Aubiérgio Barros, diretor de Gestão Organizacional, enfatizou que o foco da gestão é trabalhar com base em três pilares: estrutura, processos e pessoas. “Estamos atuando dessa forma desde que assumimos, em 2023, incentivando cada gestor a trabalhar com esse tripé. E o pilar das pessoas é o mais importante — é ele que viabiliza as entregas que a população tanto precisa. Discutir temas sensíveis, como assédio moral, assédio sexual e importunação sexual, está inserido nesse compromisso, voltado a todo o corpo de funcionários do CTM, sejam servidores da casa, terceirizados ou colaboradores. O propósito é esse: promover um ambiente onde possamos dialogar sobre questões que, até pouco tempo, eram tratadas como tabus e deixadas à margem do cotidiano, especialmente para as mulheres.”

Como Denunciar e Buscar Ajuda

Em casos de assédio sexual ou importunação sexual (crimes penais), a vítima deve procurar a Delegacia da Mulher (DEAM) ou uma delegacia comum. Também é possível acionar a Central de Atendimento à Mulher pelo Disque 180, utilizar aplicativos como Direitos Humanos BR e SOS Mulher (disponível em alguns estados), ou buscar apoio na Defensoria Pública e no Ministério Público.

Já nos casos de assédio moral no ambiente de trabalho, é recomendável recorrer às ouvidorias das instituições ou empresas, aos sindicatos e conselhos profissionais, ao Ministério Público do Trabalho (MPT), ou à Justiça do Trabalho — com possibilidade de ingresso em ações indenizatórias.




Ascom / Jô Lima - Grande Recife

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