Charlie Brown Jr., deu dois disparos com uma pistola 380 antes de ser encontrado morto no início da madrugada desta segunda-feira (9),
em seu apartamento no Jardim Caboré, na zona oeste de São Paulo.
Segundo a delegada Milena Suegama, do 89º Distrito Policial, o primeiro
tiro teria sido um teste e foi feito em direção ao chão. O segundo foi
do lado direito da cabeça.
A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. Ao longo da manhã, a delegada esteve no local e ouviu familiares e vizinhos do músico. Muito nervosa, a mulher, Cláudia Campos, contou que discutiu com Champignon no restaurante onde jantaram com um casal de amigos, mas declarou que o marido não era um homem agressivo. O casal ainda não foi ouvido pela polícia.
O inquérito para investigar o caso já foi aberto. O síndico do prédio esteve na delegacia para entregar imagens das câmeras de segurança. A pistola, outra arma, celulares e computadores foram apreendidos. Familiares disseram à polícia que o músico estava chateado com a imprensa, por conta das críticas negativas sobre a nova banda, A Banca.
Júnior Lima, que foi companheiro do baixista na banda Nove Mil Anjos,
disse estar em choque. "Acordei agora c a noticia do champ!!! To em
choque!!!!! Perdi mais um irmao!!!!!!!! Nao to conseguindo acreditar!!!!
Pqp!!!! Alguem sabe o pq?? Se ele deixou algum recado?? O q q
aconteceu??? To perdido aqui sem informaçoes!!! NAO CONSIGO
ACREDITAR!!!!!", escreveu no microblog.
O caso ocorre seis meses após a morte de Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., no dia 6 de março, em São Paulo. O laudo apontou overdose de cocaína como a causa da morte do cantor. Em maio, outro músico que tocou com Champignon, Peu Sousa, foi encontrado morto enforcado com um cinto amarrado no pescoço.
Trajetória
Com apenas 12 anos de idade, Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, entrou para a música como baixista logo após conhecer Chorão. Juntos, eles formaram a banda What's Up. Posteriormente, Chorão e Champignon convidaram o baterista Renato Pelado, que vinha de bandas conhecidas de Santos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr., que ainda não levava o nome oficial.
Em 1993, a banda começou a se destacar e Chorão procurou o produtor musical Rick Bonadio, que gostou do som e os contratou. Na época, Champignon era menor de idade e sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.
Entre 1999 e 2006, a banda Charlie Brown Jr. conquistou espaço na mídia e se tornou conhecida por todo o Brasil. No entanto, Champignon e Chorão tiveram algumas desavenças. Em 2005, o baixista deixou o grupo. Em 2009, junto com o cantor Júnior Lima, irmão de Sandy, eles fundaram a banda Nove Mil Anjos
Já em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown Jr. Ele fez parte da gravação do CD e DVD "Música Popular Caiçara", que foi lançado em março de 2012. Permaneceu na banda até o seu final – quando, em março deste ano, Chorão morreu de overdose de drogas.
Após 22 anos de Charlie Brown Jr., visando eternizar a formação original da banda, Champignon, Graveto, Marcão Britto e Thiago Castanho decidiram que deveriam manter a união e deram continuidade à carreira da banda que traz um novo nome e nova formação. O projeto foi batizado como A Banca e Champignon assumiu os vocais.
Em abril, durante a participação do grupo no "Altas Horas", Champignon falou com exclusividade para o UOL sobre voltar à cena: "Se ficássemos em casa, morreríamos também. Temos que ir para a estrada, precisamos disso. É a nossa vida. Por que a gente iria ficar trancado em casa, se a gente gosta mesmo é de tocar?", enfatizou.
O músico Luiz Carlos Leão Duarte Junior, de 35 anos, o Champignon, ex-baixista da banda
A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. Ao longo da manhã, a delegada esteve no local e ouviu familiares e vizinhos do músico. Muito nervosa, a mulher, Cláudia Campos, contou que discutiu com Champignon no restaurante onde jantaram com um casal de amigos, mas declarou que o marido não era um homem agressivo. O casal ainda não foi ouvido pela polícia.
O inquérito para investigar o caso já foi aberto. O síndico do prédio esteve na delegacia para entregar imagens das câmeras de segurança. A pistola, outra arma, celulares e computadores foram apreendidos. Familiares disseram à polícia que o músico estava chateado com a imprensa, por conta das críticas negativas sobre a nova banda, A Banca.
Uma equipe do Samu foi ao local e encontrou Champignon morto com um
tiro na cabeça e com uma pistola na mão. Segundo as primeiras
informações levantadas no local, o tiro teria sido na boca, mas a
delegada afirmou que o disparo foi ao lado da cabeça.
A mulher do músico, grávida de cinco meses, foi levada para um hospital
em estado de choque por volta das 2h30 e liberada às 6h40. Eles teriam
ido jantar com um casal de amigos e, ao voltar para a casa, o músico se
trancou em seu escritório.
O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) antes das 5h para
exames. Por volta das 9h30, o IML aguardava apenas a chegada de alguns
documentos para a liberação do corpo, que deve ser levado a Santos para
ser velado e sepultado no mesmo local que Chorão, o Cemitério Memorial
Necrópole Ecumênica.
Segundo informações apuradas pelo jornal "Folha de S. Paulo", um vizinho ouviu o barulho do tiro e esteve no apartamento de Champignon no começo da madrugada.
O corretor de imóveis Alexandre Banaion relatou que ouviu um barulho
de tiro vindo do apartamento do músico por volta da meia-noite, seguido
de gritos da mulher e latidos do cachorro do casal. Ele foi até o
apartamento, onde encontrou a mulher do músico chorando e gritando
"Amor, você não fez isso".
"Foi horrível, vi o Champignon caído com um tiro na boca e uma arma na
mão. Havia muito sangue espalhado", disse o Banaion à "Folha".
Comunicados das bandas
Comunicados nas páginas oficiais das bandas Charlie Brown Jr. e A Banca no Facebook informaram a morte do músico e agradeceu o carinho dos fãs: "A Família Charlie Brown Júnior comunica, com pesar, o falecimento do baixista Champignon, que participou de grande parte das formações da banda. Desde já agradecemos todas as manifestações de apoio dos fãs neste momento doloroso, e externamos nosso apoio à esposa, filha e todos os demais familiares", dizia o texto na página do Charlie Brown, primeiro a ser publicado.
Comunicados nas páginas oficiais das bandas Charlie Brown Jr. e A Banca no Facebook informaram a morte do músico e agradeceu o carinho dos fãs: "A Família Charlie Brown Júnior comunica, com pesar, o falecimento do baixista Champignon, que participou de grande parte das formações da banda. Desde já agradecemos todas as manifestações de apoio dos fãs neste momento doloroso, e externamos nosso apoio à esposa, filha e todos os demais familiares", dizia o texto na página do Charlie Brown, primeiro a ser publicado.
Assim que a notícia da morte do músico foi espalhada na internet, o
nome de Champignon ficou em primeiro lugar no Trending Topics (assuntos
mais comentados) do Twitter. Músicos, fãs e amigos manifestaram surpresa
e fizeram homenagens ao músico.
O caso ocorre seis meses após a morte de Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., no dia 6 de março, em São Paulo. O laudo apontou overdose de cocaína como a causa da morte do cantor. Em maio, outro músico que tocou com Champignon, Peu Sousa, foi encontrado morto enforcado com um cinto amarrado no pescoço.
Com apenas 12 anos de idade, Luiz Carlos Leão Duarte Junior, o Champignon, entrou para a música como baixista logo após conhecer Chorão. Juntos, eles formaram a banda What's Up. Posteriormente, Chorão e Champignon convidaram o baterista Renato Pelado, que vinha de bandas conhecidas de Santos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr., que ainda não levava o nome oficial.
Em 1993, a banda começou a se destacar e Chorão procurou o produtor musical Rick Bonadio, que gostou do som e os contratou. Na época, Champignon era menor de idade e sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.
Entre 1999 e 2006, a banda Charlie Brown Jr. conquistou espaço na mídia e se tornou conhecida por todo o Brasil. No entanto, Champignon e Chorão tiveram algumas desavenças. Em 2005, o baixista deixou o grupo. Em 2009, junto com o cantor Júnior Lima, irmão de Sandy, eles fundaram a banda Nove Mil Anjos
Já em 2011, Champignon retornou ao Charlie Brown Jr. Ele fez parte da gravação do CD e DVD "Música Popular Caiçara", que foi lançado em março de 2012. Permaneceu na banda até o seu final – quando, em março deste ano, Chorão morreu de overdose de drogas.
Após 22 anos de Charlie Brown Jr., visando eternizar a formação original da banda, Champignon, Graveto, Marcão Britto e Thiago Castanho decidiram que deveriam manter a união e deram continuidade à carreira da banda que traz um novo nome e nova formação. O projeto foi batizado como A Banca e Champignon assumiu os vocais.
Em abril, durante a participação do grupo no "Altas Horas", Champignon falou com exclusividade para o UOL sobre voltar à cena: "Se ficássemos em casa, morreríamos também. Temos que ir para a estrada, precisamos disso. É a nossa vida. Por que a gente iria ficar trancado em casa, se a gente gosta mesmo é de tocar?", enfatizou.
Último show e novo disco
O último show da banda A Banca ocorreu no dia 23 de agosto, na Fantastic Chopperia, em São Vicente (SP). A apresentação foi em homenagem a Chorão, com participações especiais, como a do irmão do vocalista do Charlie Brown, Fábio Abrão.
O último show da banda A Banca ocorreu no dia 23 de agosto, na Fantastic Chopperia, em São Vicente (SP). A apresentação foi em homenagem a Chorão, com participações especiais, como a do irmão do vocalista do Charlie Brown, Fábio Abrão.
O próximo show estava marcado para o dia 21 de setembro, em Recife (PE). No dia 3 de outubro, Champignon se apresentaria com A Banca em uma nova homenagem ao ex-companheiro de banda, ao lado de outros nomes da música nacional, como Samuel Rosa, Dinho, Marcelo D2, Falcão e Rogério Flausino.
Um disco com músicas inéditas do Charlie Brown Jr. será lançado ainda neste mês.
Chorão já havia gravado todas as vozes do trabalho, mas a finalização
foi feita depois de sua morte. O disco tem 13 faixas, com produção de
Tadeu Patolla, que já participou de álbuns anteriores da banda
santista.
*Colaborou Tiago Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Acompanhe nossas publicações também nas nossas páginas: www.facebook.com/paulinoandrade.imprensa
www.twitter.com/@folhadenoticiaspe
www.twitter.com/@paulino_andrade
Os comentários a baixo não representam a opinião do B. Folha de Notícias; a responsabilidade é do autor da mensagem.