Decisão foi tomada em assembleia no início da tarde desta sexta-feira (1º).
Novo encontro para discutir a paralisação está marcado para segunda (4).
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Ônibus circulares estão parados com greve na Viação Redentor, em Jacarepaguá (Foto: Alexandre Durão/G1)
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"A categoria decidiu manter a greve por indeterminado. Vamos cruzar os braços agora. Dia 4 (segunda-feira) temos uma assembleia às 18h para tentar algum avanço. Nossa greve não é ilegal porque estamos fazendo tudo dentro dos parâmetros corretos e não há ilegalidade, uma vez que 20% da frota está na rua", disse o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José da Silva.
Os rodoviários pleiteiam um aumento salarial de 15%, o fim da dupla função, na qual o funcionário atua como motorista e cobrador, além de benefícios como vale-alimentação, cesta básica e plano de saúde.
A Rio Ônibus, sindicato patronal, oferece 8% de reajuste. A organização entrou com uma ação na Justiça solicitando que a greve seja declarada ilegal e, com isso, suspensa. O Tribunal Regional do Trabalhou não informou quando será o julgamento.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que as empresas de ônibus sofrerão punições por não cumprirem a prestação de serviço diante da greve dos rodoviários. Em entrevista ao RJTV, Paes não explicou o tipo de punição a ser aplicada às empresas, mas afirmou que a Prefeitura está trabalhando para diminuir os transtornos à população (veja o vídeo ao lado).
"O que eles nos ofereceram durante a semana é uma vergonha. Oito por cento é muito pouco. Nossa cesta básica é a menor do Brasil e não temos sequer um plano de saúde. Se a gente sofrer com dor na coluna, tem que ir a um hospital público", disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Sacramento.
Confusão
Pouco antes do resultado da assembleia, grevistas tentaram impedir a passagem de alguns coletivos que tentaram furar a paralisação na Avenida Brasil. A confusão aconteceu por volta das 12h30, em frente ao Guadalupe Country Club. No protesto, eles quebraram o retrovisor de um coletivo e jogaram ovos em outro. PMs do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) foram ao local para conter o tumulto. Integrantes do sindicato dos rodoviários também pediram aos trabalhadores para que não agissem com violência. Ninguém ficou ferido.
Motoristas e cobradores protestam em Guadalupe, no
Rio, durante greve (Foto: Renata Soares/ G1)
Rio, durante greve (Foto: Renata Soares/ G1)
Polícia Militar chega ao Guadalupe Country Clube para
conter confusão (Foto: Renata Soares/ G1)
Ônibus apedrejadosconter confusão (Foto: Renata Soares/ G1)
Mais cedo, 68 ônibus das empresas Pégaso e Jabour, alimentadores do BRT Transoeste, foram apedrejados por grevistas quando deixavam as garagens localizadas em Santa Cruz e Campo Grande, respectivamente, na Zona Oeste do Rio.
Durante a madrugada, uma confusão entre grevistas e funcionários da empresa Santa Maria, na Estrada Coronel Pedro Correa, foi registrada. Segundo Lélies Teixeira, presidente da Rio Ônibus, ninguém ficou ferido e a Polícia Militar foi acionada para reprimir as ações.
Metrô e trens reforçados
A concessionária Metrô Rio trabalha desde as 5h desta sexta-feira (1º) em operação especial para tentar dar vazão ao aumento no fluxo de passageiros, previsto em 15% devido à greve dos funcionários de ônibus, iniciada à 0h.
Os ônibus de integração, chamados de Metrô na Superfície, porém, também estão parados, pois são operados pelos rodoviários. A estação final na Zona Sul é a Siqueira Campos, em Copacabana, já que Cantagalo e General Osório estão fechadas para obras de ampliação.
Segundo a concessionária, toda a frota de trens do metrô está disponível para atender aos passageiros, com extensão dos horários de pico. A operação será mantida até o final da greve.
A SuperVia informou que está preparada para atender a possível ampliação da demanda de passageiros em virtude da greve dos rodoviários. Poderão ser realizadas viagens extras nos ramais afetados pela paralisação do transporte por ônibus. A empresa reforçou sua equipe de atendimento para garantir segurança e bem estar dos passageiros nas viagens.
A estimativa da Rio Ônibus é de que, até as 10h desta sexta-feira (1º), apenas 1.835 dos cerca de 9 mil ônibus municipais do Rio de Janeiro entraram em circulação devido à greve dos rodoviários.
O número corresponde a pouco mais de 20% da frota, o que é insuficiente para garantir o mínimo normalmente estabelecido pela Prefeitura para não comprometer a população, que é de 30%, no caso do Rio.
Cobrança abusiva
Cerca de 65 agentes, entre fiscais da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e policiais militares, estão escalados para fiscalizar transportes irregulares no final da tarde desta sexta-feira (1º), principal horário de volta do trabalho. A ideia é coibir a cobrança abusiva por motoristas de vans e táxis devido à escassez de ônibus causada pela greve dos rodoviários.
A fiscalização vai se concentrar no Centro, onde há maior movimentação de passageiros em pontos de ônibus. Os principais locais são em torno da Central do Brasil e da Rodoviária Novo Rio, além de vias principais, como as avenidas Presidente Vagas e Francisco Bicalho.
Pela manhã, diversos taxistas cobraram preços mais caros, recusaram-se a fazer determinados trajetos e impuseram itinerários diferentes dos pedidos pelos passageiros, o que não é permitido pela legislação.
76 escolas sem aula
A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que 76 escolas da rede pública de ensino estão sem aula nesta sexta devido à greve dos rodoviários. Além deste número, seis unidades de ensino estão funcionando parcialmente. A secretaria não soube informar a quantidade de escolas sem aula em cada região da cidade, mas disse que a área mais afetada é a Zona Oeste.
Fonte: G1 Rio de Janeiro.
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