segunda-feira, 29 de abril de 2013

Em imagens inéditas, Bruno admite que sabia da morte de Eliza

Vídeo revela o que disse o ex-goleiro Bruno, durante o julgamento dele. Declarações foram cruciais no julgamento de Bola.

O ex-policial marcos aparecido dos santos, o Bola, foi condenado ontem a 22 anos de prisão, pelo assassinato de Eliza Samúdio, a ex-amante do goleiro Bruno.
A reportagem traz imagens exclusivas do depoimento de Bruno, durante o julgamento dele. Foi a primeira vez em que ele admitiu que sabia que Eliza estava morta.
As imagens inéditas que você vê no vídeo foram feitas durante o julgamento de Bruno. Chorando, o atleta admite, pela primeira vez, que sabia que Eliza estava morta.
O Fantástico mostra, com exclusividade, detalhes das declarações, que foram fundamentais no desfecho de outro julgamento: o do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, que terminou no sábado (27) à noite.
Durante todo o julgamento, Marcos Aparecido disse que era inocente, que foi preso injustamente e não respondeu à maioria das perguntas da acusação. Mas a participação dele no crime já havia sido relatada naquele mesmo Fórum.
Mas como foi o depoimento do principal personagem deste caso? O que Bruno falou sobre Bola e sobre o assassinato de Eliza Samudio?
Era 6 de março de  2013. Bruno estava no banco dos réus, acusado pelo assassinato de Eliza.
Juiz: O senhor sabia que Eliza Samudio ia ser executada?
Bruno: Eu não sabia, eu não mandei, Excelência, mas eu aceitei.
Eliza Samudio brigava na Justiça pelo reconhecimento de paternidade e pensão alimentícia para o filho que teve com o goleiro. Segundo as investigações, em 4 de junho de 2010, o então braço direito de Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e um primo do goleiro, Jorge, menor de idade na época, pegaram Eliza e o filho em um hotel, no Rio de Janeiro. A perícia encontrou sangue dela no carro. Teria sido uma briga com o menor. Bruno revelou que viu os ferimentos.
Bruno: Estava com hematomas no rosto, Excelência.
Juiz: Ela estava com machucado na cabeça?
Bruno: Excelência, ela não estava sangrando, mas estava machucado sim senhora na cabeça.
Bruno afirmou que, depois, Eliza e o filho, Bruninho, foram levados para Minas Gerais. Ela ficou cinco dias no sítio do jogador, mas ele  negou que ela estivesse como refém. Disse que deu R$ 30 mil a Eliza e que, no dia 10 de junho, ela saiu de carro com o filho, Macarrão e Jorge. E que os dois voltaram apenas com a criança.
O jogador chorou ao contar: “Perguntei para eles: ‘Poxa, cadê a Eliza? Pelo amor de Deus, o que vocês fizeram com ela?’ Nesse momento o Macarrão falou assim: ‘Eu resolvi o problema. O tal problema que tanto te atormentava’”.
Bruno disse que ficou desesperado: “Chorei muito com medo de tudo que aconteceu. Falei com ele: ‘Macarrão, pelo amor de Deus, cara, o que você fez? Por que você fez isso? Não tinha necessidade, não, cara’”.
Segundo ele, o primo Jorge contou o que aconteceu: “Eles teriam ido a uma casa na região de Vespasiano e lá entregou a Eliza para um rapaz chamado Neném”.
E o advogado de Bruno perguntou: “O Macarrão, quando contratou a pessoa que chamou de Neném, estava se referindo a pessoa de Bola?
Bruno: Sim, senhor.
Bruno repetiu o que Jorge disse a ele sobre o rapaz, que seria Marcos Aparecido, o Bola: “Aí, o rapaz pediu que o Macarrão amarrasse a mão dela para frente. E deu uma gravata nela, enforcou. E o Macarrão pegou ainda e chutou as pernas da Eliza. E que ainda tinha esquartejado o corpo dela, que tinham jogado o corpo dela para os cachorros comerem”.
A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Bola, em uma chácara dele e no sítio de Bruno, mas não encontrou vestígios do corpo. Os julgamentos dos três acusados do assassinato chegaram ao fim sem que um dos principais mistérios fosse esclarecido: onde estão os restos mortais de Eliza Samudio?
Bola, de quem era esperada a resposta, foi condenado a 22 anos de prisão. Macarrão, pegou 15 anos pelo homicídio.
Bruno foi condenado a 22 anos de prisão. O advogado também recorreu.
“Não é a ausência do corpo, é a incerteza da morte no caso da Eliza Samúdio que deixa mais complicada a situação desse processo”, diz o advogado Lúcio Adolfo.
Mas no julgamento Bruno considerou a morte de Eliza como certa
Juíza: O senhor acha que poderia ter evitado a morte de Eliza Samudio?
Bruno: Sim, senhor.

Fonte: Fantástico

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PM OCUPA A COMUNIDADE CERRO-CORÁ, NA ZONA SUL DO RIO, EM 30 MINUTOS


Operação começou às 5h e em meia hora a favela já estava ocupada.
Polícia revista moradores e faz varedura na comunidade.

Renata Soares e Mariucha Machado Do G1 Rio
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Polícia entrou na comunidade Cerro-Corá por volta das 5h desta segunda-feira (Foto: Renata Soares / G1)Polícia entrou na comunidade Cerro-Corá por volta das 5h desta segunda-feira (Foto: Renata Soares / G1)
Última comunidade da Zona Sul do Rio de fora do cerco de favelas com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o Cerro-Corá, no Cosme Velho, foi ocupada as 5h30 desta segunda-feira (29) pela Polícia Militar. A PM entrou na comunidade às 5h e depois de meia hora já  realizava varredura e revistava moradores. Cerca de 400 homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ação com Cães estão na comunidade.
A ação é uma mudança nos planos da Secretaria de Segurança Pública, que após a ocupação da Barreira do Vasco e do Caju, em março, anunciou que o Conjunto de Favelas da Maré seria o próximo local a receber uma unidade pacificadora. O Bope permanecerá na comunidade até a instalação da UPP, prevista para acontecer nas próximas semanas.
A favela fica próxima ao acessos ao Cristo Redentor, em rota que terá aumento de visitantes e deve ter a passagem do Papa na Jornada Mundial da Juventude, em julho. No início de abril, uma van com um grupo de turistas alemães foi assaltada na Estrada da Paineiras e o fato teve repercussão mundial.
Por ser uma favela pequena (13 mil metros quadrados) e com poucos moradores (708, segundo o censo de 2010), a ocupação não deve contar com a presença de blindados e nem com a participação efetiva da Polícia Civil, que apoia apenas no cerco, iniciado na noite de domingo (28). A entrada na comunidade será feita pelo Batalhão de Choque e pelo Batalhão de Operações Epeciais (Bope).
Duas comunidades vizinhas, Guararapes (673 moradores) e Vila Cândida (1.422), também devem se beneficiar da ocupação. As três favelas ficam no morro entre as duas galerias do Túnel Rebouças.
Mada UPP UPPs Cerro-Corá Cerro Corá 2013  (Foto: Editoria de Arte/G1)
Mais de 30 UPPs
Inspiradas em experiência de Medelín, na Colômbia, o programa do governo do estado que deu origem às UPPs começou dezembro de 2008, com a instalação da primeira unidade, no Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul. Desde então, 32 UPPs já foram implantadas, com mais de 8 mil policiais, e a previsão é de que, até 2014, sejam mais de 40 unidades, e equipe de 12,5 mil.
A última ocupação foi em 3 de março, nas comunidades do Caju e Barreira do Vasco, que tiveram a UPP instalada em 12 de abril, como parte de uma estratégia para entrar no Conjunto de Favelas da Maré, uma das regiões de maior atuação do tráfico.
As UPPs em operação abrangem 222 comunidades e beneficiam mais de 1 milhão de pessoas das áreas pacificadas. Até 2014, serão beneficiadas outras comunidades, abrangendo mais 860 mil moradores das Zonas Norte e Oeste do Rio, Baixada Fluminense e outras cidades com grande concentração urbana. Além disso, a Polícia Militar criou um banco de talentos para identificar policiais com formação em outras áreas de conhecimento, que possam agregar mais qualidade ao serviço prestado às comunidades.

Fonte: G1.com.br

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CARTEIRA DE LÍVRE ACESSO - INFORMAÇÕES DA SEAD

Carteira de Livre Acesso

Transporte Universal

É aquele que garante a todos o direito de ir e vir com segurança e comodidade. Todas as pessoas com deficiência, devidamente comprovada, têm direito à gratuidade onde a lei permitir. O usufruto do benefício é garantido com a aquisição da Carteira de Livre Acesso e por meio do Passe Livre.

O direito à Carteira de Livre Acesso está assegurado na Lei Estadual Nº 11.897/00.

Carteira de Livre Acesso

É um benefício que concede transporte gratuito às pessoas com deficiência através do sistema de transporte público da Região Metropolitana do Recife. Com ela, as pessoas com deficiência podem acessar essas linhas, com exceção dos serviços complementares ou opcionais. A gratuidade ocorre nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Moreno, Igarassu, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Abreu e Lima, Itamaracá e Itapissuma.
 Carteira de Livre Acesso



Como retirar a Carteira de Livre Acesso

As pessoas com deficiência interessadas devem comparecer ao Centro Regional de Assistência Social(CRAS) dos seus municípios com os seguintes documentos:

- 02 (duas) fotos 3x4, recentes e coloridas;
- Atestado médico padrão fornecido pela prefeitura, emitido por médico credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), informando o nome e o código da deficiência;
- Quando for necessário acompanhante, deverá ser apresentada declaração médica;
- Comprovante de residência (conta de água, luz, telefone...) em nome do beneficiário ou, se menor, no nome dos pais. Caso não possua comprovante de residência, poderá apresentar declaração do Conselho de Moradores do bairro onde reside;
- Cópia da Carteira de Identidade ou da Certidão de Nascimento do beneficiário e do representante, quando for o caso;
- Procuração, quando for o caso, conferindo poderes ao procurador para representar o beneficiário, se houver tal representação.

O Passe Livre é a carteira de acesso gratuito ao transporte coletivo interestadual. A gratuidade se obtém apresentando os mesmos documentos acima listados, além de formulário específico, para o Ministério dos Transportes.

Você sabia? As pessoas com deficiência interessadas em obter a Carteira de Passe Livre deverão comprovar o recebimento de até ¼ do Salário-Mínimo. O direito à Carteira de Passe Livre está garantido na Lei Federal Nº 8.899/94.


Fonte: SEAD Superintendência Estadual de Apoio à Pessoas Com Deficiência.

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

ESPECIAL COM BANDA CALYPSO NA 98,5 A VOZ DA LIBERDADE FM

É neste sábado, 27 de Abril Especial com BANDA CALYPSO com 1h. de duração sem intervalo no horário das 10 às 11hs. no Programa SABADÃO DE SUCESSO da sua Rádio A Voz da Liberdade FM 98,5
Para participar é muito fácil, basta ligar (81) 3476.1547 deixe o número do seu telefone fixo ou celular pra concorrer ao CD.
Programa SABADÃO DE SUCESSO todos os sábados das 09 às 12hs com Paulino Andrade.

Ouça através da nossa frequência 98,5 ou pelo nosso site:www.radiofmavozdaliberdade.com

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

MARCOS FREIRE - SAIBA SOBRE A VIDA POLÍTICA DE MARCOS FREIRE

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Ontem, dia 8 de setembro, fez exatamente 20 anos que o então ministro da Reforma e Desenvolvimento Agrário, Marcos Freire, faleceu num desastre de avião ocorrido no Pará. Ele tinha viajado àquele Estado para tratar de assuntos do seu ministério e poucos minutos após a decolagem o jatinho que o conduzia explodiu no ar.
Morreram no mesmo acidente o secretário-geral do ministério Dirceu Pessoa, o presidente do Incra José Eduardo Vieira Raduan, o secretário particular José Coelho Teixeira Cavalcanti, os assessores Amaury Teixeira Cavalcanti e Ivan Ribeiro, o tenente-coronel aviador Wellington Rezende, o capitão aviador Jorge Shimonura e o 3º sargento Carlos Alberto da Silva. O jornalista pernambucano Geraldo Sobreira, então assessor de imprensa do ministro, iria embarcar no mesmo vôo, mas, à última hora, cedeu a vaga a outra pessoa.
Marcos Freire, natural do Recife, tinha completado 56 anos três dias antes (nasceu no dia 5/9/31). Ele era um dos principais líderes do PMDB pernambucano ao lado de Miguel Arraes (então governador do Estado) e Jarbas Vasconcelos (então prefeito do Recife).
Sua vida pública foi iniciada ainda na década de 50 como oficial de gabinete do então prefeito Pelópidas Silveira. Formado em Direito pela UFPE (turma de 1955), ele foi procurador da Prefeitura do Recife, secretário de Assuntos Jurídicos (nomeado pelo então prefeito Liberato Costa Júnior) e professor de Direito Constitucional da mesma faculdade em que se formou antes de disputar sua primeira eleição: a Prefeitura de Olinda em 1968.
Freire disputou o pleito em Olinda pelo MDB, único partido de oposição, à época, derrotando os dois candidatos do então partido do governo: Nivaldo Machado (Arena 1) e Barreto Guimarães (Arena 2). Para ganhar a eleição, ele teria que somar mais votos que as duas sublegendas da Arena, juntas, e conseguiu: obteve 17.069 votos, contra 6.512 de Nivaldo Machado e 5.941 de Barreto Guimarães.
Sua vitória foi largamente comemorada pelos principais líderes de oposição ao regime militar então vigente, porém a alegria durou pouco. Em sinal de protesto contra a edição do Ato Institucional nº 5, dois dias após a sua diplomação (13/12/68), e a cassação do seu vice-prefeito, Renê Barbosa, ele renunciou ao mandato.
Dois anos depois, recebeu convite do então presidente nacional do MDB, senador Oscar Passos (AC), para se candidatar a deputado federal e se elegeu. Foi o mais votado da bancada da oposição, que incluía, além dele, Fernando Lyra (atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco), Thales Ramalho e Sérgio Murilo.
Em Brasília, Marcos Freire vinculou-se ao chamado “grupo autêntico” do MDB, que era a corrente do partido que fazia uma oposição mais acentuada ao regime militar. Orador brilhante, ele logo chamou a atenção da imprensa nacional pela contundência dos seus discursos não apenas sobre assuntos institucionais mas também em defesa dos segmentos da sociedade que não podiam se expressar livremente naquela ocasião, particularmente artistas, dramaturgos, escritores e jornalistas.
Defendeu ardorosamente a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, a anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, a eleição direta em todos os níveis, a realização da reforma agrária e o fim da censura aos órgãos de imprensa. Escolhido sucessivas vezes pelo comitê de imprensa da Câmara como um dos melhores deputados do Congresso Nacional, rapidamente seu nome despontou no MDB como candidato natural ao Senado, em 1974, quando estaria em jogo a cadeira ocupada pelo então senador João Cleofas de Oliveira, integrante do partido do governo.
Coube ao seu colega de bancada, Fernando Lyra, bancar a indicação do seu nome para concorrer à vaga do Senado, enfrentando a má vontade de muitos emedebistas que, céticos em relação à vitória, defendiam que Freire fosse candidato à reeleição para não pôr em risco uma cadeira certa que ele tinha na Câmara Federal.
Freire foi eleito senador com 605.953 votos, contra 478.369 votos de João Cleofas de Oliveira, o candidato apoiado pelo governador (eleito indiretamente) Moura Cavalcanti e os ex-governadores Etelvino Lins, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Paulo Guerra e Nilo Coelho.
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Disputa interna com Arraes em 82
A atuação de Marcos Freire no Senado foi tão destacada quanto à da Câmara Federal. Ao lado dos outros 15 senadores igualmente eleitos pela oposição em 1974 – entre os quais Mauro Benevides (CE), Ruy Carneiro (PB), Saturnino Braga (RJ), Itamar Franco (MG), Orestes Quércia (SP) e Paulo Brossard (RS) –, Marcos Freire fez dura oposição ao regime militar, credenciando-se para ser o candidato do partido ao governo de Pernambuco na primeira eleição direta pós 64 para a escolha dos governadores.
Todavia, até tornar-se candidato oficial ele teve que enfrentar uma disputa interna no partido contra Miguel Arraes de Alencar, que voltara do exílio três anos antes (1979) e se julgava com a legitimidade necessária para disputar o governo estadual. Arraes perdeu a disputa interna para Freire porque o então presidente regional do partido, Jarbas Vasconcelos, que havia perdido a disputa para senador em 1978 mesmo tendo sido o mais votado (perdeu para a sublegenda) e era candidato a deputado federal em 82, desequilibrou o jogo em favor do senador.
Marcos foi o candidato favorito até o governo militar tomar uma medida que não estava nos planos da oposição: tornar obrigatória a vinculação do voto desde vereador até governador, ou seja, o voto só seria válido se o eleitor votasse nos candidatos de um mesmo partido para vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.
Como o PMDB (sucedâneo do MDB) era frágil no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o governo militar tomou outra decisão visando a beneficiar os seus candidatos: prorrogou os mandatos dos prefeitos por dois anos para que a eleição municipal coincidisse com a estadual. Como o PDS (sucedêneo da Arena) estava melhor estruturado em Pernambuco que o PMDB e tinha mais de um candidato a prefeito em 80% dos municípios do interior, o seu candidato a governador, Roberto Magalhães, mesmo tendo partido em desvantagem, acabou sendo eleito para o governo, junto com Marco Maciel para o Senado. Obteve 909.962 votos, contra 814.447 de Marcos Freire. O opositor de Maciel foi Cid Sampaio, que deixara o partido do governo para se aliar à oposição.
Após a derrota, Freire recebeu um prêmio de consolação: a presidência do diretório estadual do PMDB. Em 1984, participou ativamente da campanha das diretas, tornando-se presidente da Caixa Econômica após a vitória de Tancredo/Sarney para a Presidência da República. Nesse mesmo ano (1985), ele se negou a apoiar Jarbas Vasconcelos para prefeito do Recife, optando por uma aliança branca com o PDS para apoiar o deputado federal Sérgio Murilo (PMDB), que perdeu a eleição. Jarbas disputou, e venceu, pelo PSB.
Pouco tempo depois, Freire deixou a presidência da CEF para assumir o Ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário, cargo no qual permaneceu até a data da sua morte.
Foto: Fernando Gusmão/DP
Derrota para Magalhães e o voto vinculado
Marcos Freire se candidatou pelo PMDB ao governo estadual em 1982, mas foi derrotado por Roberto Magalhães, candidato do PDS, por 97 mil votos de diferença. Freire obteve 62,7% dos votos da capital, 60,8% da área metropolitana e 49,6% da Zona da Mata, mas foi fragorosamente derrotado no Agreste e no Sertão, onde só conseguiu obter 23,3% e 16% dos votos, respectivamente.
Ele entrou na campanha como candidato favorito, mas não agüentou o poder de fogo da azeitada máquina governista, que estava espalhada pelo Estado inteiro através das sublegendas PDS-1, PDS-2 e até PDS-3. Seu vice foi o deputado federal Fernando Coelho, ex-presidente da OAB-PE, e seu candidato ao Senado o ex-goevrnador Cid Sampaio.
Cid, eleito governador em 1958 contra Jarbas Maranhão, fora candidato a senador pela Arena em 1978, contra o peemedebista Jarbas Vasconcelos. Obteve 330 mil votos, que, somados aos 360 mil de Nilo Coelho, garantiu a cadeira do Senado para este último, apesar de Jarbas Vasconcelos ter sido, individualmente, o candidato mais votado (654 mil votos).
O fato de Cid ter sido um adversário histórico do PMDB e participado diretamente da conspiração político-militar pela queda de Miguel Arraes em 1964 levou muita gente da oposição a fazer “corpo mole” na campanha. Entretanto, houve uma terceira causa que também contribui muito para a derrota eleitoral do senador: o “baixo nível” da contrapropaganda produzida por seus adversários, envolvendo a pessoa de sua mulher, Carolina Freire.
Essa contrapropaganda – atribuída por alguns ao então Serviço Nacional de Informações (SNI) – chegou a alcançar um nível tão degradante que o próprio candidato do PDS, Roberto Magalhães, ameaçou renunciar à candidatura caso não se desse um basta às ofensas feitas à honra do seu principal adversário, que, como ele, também era professor da Faculdade de Direito do Recife.
Para tentar superar essas dificuldades, Marcos Freire aliou-se a Cid Sampaio e fez dele o candidato único ao Senado na chapa por ele encabeçada. Ambos, que não conheciam direito a geografia eleitoral do Estado, sonhavam contar com o apoio político das mesmas lideranças que haviam apoiado Freire para o Senado, em 74, esquecendo que essas lideranças estavam “amarradas” à candidatura de Roberto Magalhães por força do voto vinculado.
Resultado: Marcos Freire ganhou no Recife por 142 mil votos, na área metropolitana por 113 mil e na Zona da Mata por 27 mil. Mas perdeu no Agreste por 180 mil e no Sertão por 198 mil.
Nessa mesma eleição, Miguel Arraes e Jarbas Vasconcelos travaram intensa luta nos bastidores para ver qual dos dois obteria mais votos na eleição para a Câmara Federal, tendo o primeiro levado a melhor: 191.471 contra 172.004. Para o Senado, Marco Maciel obteve 926.771 mil votos (13 mil a mais que o candidato a governador), contra 788.191 de Cid Sampaio.
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“Soltaram a onça no chiqueiro dos bodes”
A campanha de Marcos Freire ao Senado, em 74, foi a mais vibrante que ocorreu em Pernambuco durante o regime militar. Com sua oratória fácil, o seu carisma e o seu poder de convencimento, ele empolgou os eleitores do Sertão ao litoral com o slogan “Sem ódio e sem medo”, criado pelo jornalista e publicitário (falecido em 2005) Eurico Andrade.
Além de jovem, carismático e simpático, ele teve como adversário um político de 76 anos, João Cleofas de Oliveira, que além de residir no Rio já tinha perdido três eleições para o governo de Pernambuco: em 50 para Agamenon, 54 para Cordeiro de Farias e 62 para Arraes. Por isso, era chamado pelos opositores de “João três quedas”.
Cleofas era um dos principais símbolos da UDN pernambucana, motivo pelo qual adversários do PSD recusaram-se a votar nele. Um desses foi o deputado Argemiro Pereira, de Serra Talhada. Argemiro (hoje com 90 anos) tinha origem política no PSD e era adversário de Inocêncio Oliveira, que descendia da UDN. Ele chegou a dizer na época que “quero que minha mão murche se eu pedir votos para Cleofas”. Foi a primeira grande dissidência no partido do governo (Arena), que foi descrita dessa forma pelo jornalista Sebastião Nery no livro “As 16 derrotas que abalaram o Brasil”:
“Notícias e fotos desciam do Nordeste como sonho de noite de verão: Marcos Freire fazendo um comício monumental em Petrolina, cidade de Nilo Coelho. Marcos Freire carregado pelo povo em Caruaru. Marcos Freire conquistando da classe A aos mocambos. Parecia incrível, mas era a vitória que começava a pintar. E as prévias do próprio governo comprovando. E líderes da Arena pedindo em público a substituição de João Cleofas por outro candidato para evitar a derrota. A Arena entrou em pesadelo. João Cleofas, de 76 anos, perdeu a esportiva: ‘Marcos Freire é um agente da contestação e do revanchismo’. Passou a aceitar o ritmo alucinante da campanha do adversário, fazendo o possível para acompanhá-lo: dormindo cinco horas por noite, levantando-se às 6h30 da manhã (…). O argumento de Nilo Coelho em 66, usado para um chefe político de Serra Talhada, voltou:
– Ou o Sr. vota no doutor Cleofas, ou não toma cafezinho no Palácio nos próximos quatro anos.
O deputado Argemiro Pereira, que controla 20 mil votos no Pajeú, ficou em casa:
– Minha mão murcha se eu pedir votos para o doutor Cleofas.
Lívio Valença, deputado estadual do MDB (São Bento do Uma), resumiu tudo na irrespondível sabedoria de quintal:
– Soltaram a onça no chiqueiro dos bodes.
Resultado: 127.584 votos de frente”.

Fonte: Inaldo Sampaio do JC

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Moradores precisam sentar no chão para usar 'orelhão' em Santos


Base do telefone público está quebrada e o aparelho está no chão.
Empresa responsável pelo aparelho disse que enviará técnicos no local.

Orelhão quebrado está jogado em rua de Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Orelhão quebrado está jogado em rua de Santos, SP (Foto: Reprodução/TV Tribuna) Um orelhão com a base quebrada chama a atenção das pessoas que passam pela rua Senador Dantas, na esquina com a rua Torres Homem, em Santos, no litoral de São Paulo. Mesmo torto, ele continua funcionando, mas oferencendo perigo para a população.
O equipamento está instalado bem na esquina das ruas. A base do telefone público está quebrada e o aparelho acabou caindo totalmente no chão. Segundo os moradores, ele continua funcionando, mas para fazer ligações ou atender só mesmo se abaixando. Ainda de acordo com os moradores, o telefone está nessa situação há mais de 10 dias.
A Telefônica, responsável pelos orelhões da cidade, disse que vai enviar uma equipe técnica no local para avaliar o que aconteceu com o equipamento e refazer a instalação do aparelho.

Fonte: do G1 Santos

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terça-feira, 23 de abril de 2013

É inaceitável o preconceito de Neymar com os “paraíba”


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Teria acontecido durante o jogo de quarta-feira entre Santos e Flamengo-PI, na Vila Belmiro: revoltado com a forte marcação que recebia, Neymar passou a xingar os jogadores piauienses de “paraíba” e de “morta-fome”.
Fez lembrar Edmundo, em 1997, quando o Vasco enfrentava o América-RN, em Natal. Após tomar o segundo cartão amarelo e ser expulso pelo juiz Dacildo Mourão, que era cearense, o craque Edmundo deu essa infeliz declaração:
“A gente vem na Paraíba e põem um ‘paraíba’ pra apitar? Só pode prejudicar a gente”. Para completar a noite infeliz, Edmundo ainda afirmou que os cariocas não entendem de geografia e são preconceituosos: “Lá no Rio, tudo mundo que é do Norte nós chamamos de ‘paraíba’, não foi para agredir ninguém…”
A propósito de preconceito no mundo do futebol, publiquei ontem aqui o desabafo de um leitor paraguaio que ficou furioso com a expressão “cavalo paraguaio”. No fundo ele tem razão de sentir-se ofendido. Assim como os nordestinos (especialmente os paraibanos) não podem achar a menor graça em Neymar e Edmundo.
Neymar não foi irônico com beque inglês Joey Barton (nem sequer respondeu) que o comparou a Justin Bieber e disse que ele só brilhava na “Liga da Selva”, ou seja, no Brasil. Por que essa valentia e esse preconceito agora só com os “paraiba”?
O técnico do Flamengo-PI, Josué Teixeira, foi mais além e lembrou uma famosa profecia sobre Neymar:
“Renê Simões já disse que estamos criando um monstro. Eu acho que o monstro está criando forma”, disse.
E complementou: “Estou preocupado com a seleção brasileira, porque a Seleção não vai jogar na Vila Belmiro e Neymar disse que é na Vila que o bicho pega. Acho que Neymar vai se perder. Os grandes jogadores mantiveram a postura profissional durante toda a carreira. O Neymar não faz isso. Ele não tem respeito pelo adversário. Não tem nada que chamar os adversários de ‘paraíba’”.
Já o zagueiro Niel, do Fla-PI, resolveu aproveitar para dar um alerta:
“Enquanto o jogo estava 0 a 0, Neymar não deu um passe de letra e nem fez gracinha. Mas o nosso time foi honesto. O problema é que um dia alguém pode fazer uma besteira. Hoje ele está bem, mas amanhã pode estar chorando”.
É. Pode ser.

Fonte: Marconde Brito em FUTEBOL

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

FESTA DE ANIVERSÁRIO PARA ROBERTO CARLOS FECHA RUA EM MOGI DAS CRUZES


19/04/2013 20h53 - Atualizado em 19/04/2013 20h53


Aniversário do rei recebeu cerca de 300 convidados no Parque Santana.
Essa é a 26º vez consecutiva que a festa é realizada por uma professora.

Carolina Paes Do G1 de Mogi das Cruzes e Suzano
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Está é 26ª vez que a professora organiza a festa para o cantor (Foto: Carolina Paes/G1)Está é 26ª vez que a professora organiza a festa para o cantor (Foto: Carolina Paes/G1)
A comemoração dos 72 anos do cantor Roberto Carlos fechou uma rua no Parque Santana, em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo. Centenas de pessoas participaram de uma festa de aniversário para o rei organizada pela professora Ana Maria da Silva. Essa é a 26º vez consecutiva que ela, a família, amigos e vizinhos festejam o dia 19 de abril com um detalhe curioso: sem a presença do aniversariante. A organizadora estima ter reunido cerca de 200 pessoas.
As cores azul e branco e as músicas românticas de Roberto embalaram a festa que este ano ficou maior. De acordo com a organziadora, ao todo, foram gastos com brindes, comidas, bebidas e enfeites mais de R$ 5 mil. "Ele (Roberto Carlos) pode não estar aqui fisicamente, mas sua energia está. O importante é festejar e comemorar mais um ano de vida dele", diz Aninha do Roberto, como a professora é conhecida no bairro.
Decoração feita toda em azul e branco (Foto: Carolina Paes/G1)Decoração feita toda em azul e branco
(Foto: Carolina Paes/G1)
As mesas foram colocadas na rua. Duas faixas e cones bloqueavam a passagem dos carros. O morador da rua, José Roberto Pereira diz que não se importou com o bloqueio da via. Afinal, ele também é um dos milhares de fãs do rei. “A gente ajuda. Assina abaixo-assinado e tudo. É um momento especial, já que casei ao som de Roberto Carlos”
Convidados
Aos poucos os convidados foram chegando. Às 20h30 a casa estava lotada. Assim que entravam, os convidados ganhavam uma camiseta azul com a foto do cantor. Francisco Campos é cunhado de Aninha. Ele diz que participa da festa todos os anos. "Para gente isso é comum, já estamos acostumados a vir a uma festa sem aniversariante”, conta sorridente Campos.
Sem presente
A vizinha Marlene Mello mora há dez anos na casa ao lado. E para ela, o melhor de tudo em participar da festa, é o fato de não precisar gastar com presente. “Essa é a segunda vez que venho. A gente se diverte, curte o Roberto Carlos e o melhor, não gasta com presente”, comenta.
Convidados não cabiam na casa da organizadora da festa (Foto: Carolina Paes/G1)Convidados não cabiam na casa da organizadora da festa (Foto: Carolina Paes/G1)
 
Fonte G1.com
 


 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

ROBERTO CARLOS REI DA JOVEM GUARDA - WIKIPÉDIA

Roberto Carlos

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Roberto Carlos
Roberto Carlos em 2008.
Informação geral
Nome completo Roberto Carlos Braga
Também conhecido(a) como Rei da MPB, Rei da Juventude, Rei Roberto Carlos, Rei da Música Latina
Nascimento 19 de abril de 1941 (71 anos)
Origem Cachoeiro de Itapemirim, ES
País Brasil
Gênero(s) Rock n' roll, jovem guarda, pop, soul, bossa nova
Instrumento(s) Vocal, violão, piano, guitarra
Período em atividade 1959 - presente
Gravadora(s) Polydor (1959)
CBS
Sony Music
Afiliação(ões) Erasmo Carlos, Tim Maia, The Sputniks, The Snakes, Wanderléa
Página oficial Roberto Carlos
Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941) é um cantor e compositor brasileiro. Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil. Além dos discos, estrelou um programa na TV Record, chamado Jovem Guarda (que batizou esse movimento de rock), e filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora". Atualmente continua se apresentando com frequência e produz anualmente um especial que vai ao ar na semana do Natal pela Rede Globo, mesma época em que costumavam ser lançados seus discos anuais. Segundo a ABPD, Roberto Carlos é o artista solo com mais álbuns vendidos na história do Brasil.1
Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos -, incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Fez milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores do mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei. Em 2010, durante premiação no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, o então presidente da Sony Music, Richard Sanders, intitulou-o Rei da Música Latina.
Tendo iniciado a carreira sob influência do rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos, despontou no início da década de 1960 com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente gênero musical - entre os quais, "Splish Splash", "O Calhambeque", "Parei na contramão" e "É Proibido Fumar" -, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com o sucesso, estrelou ao lado de Erasmo e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao movimento musical. Desta fase, destacaram-se inúmeros sucessos como "Não quero ver você triste", "Lobo Mau", "A garota do baile", "Não é papo pra mim", "Parei, olhei", "História de um homem mau", "Quero que vá tudo pro inferno", "Esqueça", É papo firme", "Mexericos da Candinha", "Eu te darei o céu", "Nossa canção", "Namoradinha de um amigo meu", "Eu sou terrível", "Quando", "Maria, Carnaval e Cinzas", "Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim", "Como é grande o meu amor por você", "Se você pensa", "As canções que você fez pra mim", "Ciúme de você", "Eu te amo, te amo, te amo", "As curvas da estrada de Santos", "As flores do jardim da nossa casa", "Sua estupidez".
Na virada para década de 1970, reformulou seu repertório rock'n roll e se tornou um cantor e compositor basicamente romântico, que não modificou desde então. Logo também mudava seu público-alvo, que deixou de ser o jovem e passou a ser o adulto. Nessa linha, emplacou mais grandes sucessos como "Detalhes", "Amada Amante", "Como dois e dois", "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos", "Quando as crianças saírem de férias", "Como vai você", "Proposta", "A Cigana", "O portão", "Eu quero apenas", "Além do horizonte", "Olha", "Os seus botões", "Ilegal, imoral ou engorda", "Amigo", "Falando sério", "Cavalgada", "Outra vez", "Força estranha", "Café da manhã", "Na paz do seu sorriso", "Amante à moda antiga", "Emoções", "Cama e mesa", "Fera ferida", "O côncavo e o convexo", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo", "Pergunte pro seu coração", "Dito e feito", "Tanta solidão", entre outras. Também a partir dessa fase despontaram composições de cunho religioso em sua obra, algumas também com bastante sucesso, como "Jesus Cristo", "Todos Estão Surdos", "A montanha", "O homem", "Fé", "Estou aqui", "Guerra dos Meninos", "Ele esta pra chegar" e "Nossa Senhora", entre outras.

Índice

Infância

Nascido no interior do Espírito Santo, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga (27 de março de 1896227 de janeiro de 19803 ) e da costureira Laura Moreira Braga (Mimoso do Sul, 10 de abril de 1914Rio de Janeiro, 17 de abril de 2010). A família morava no bairro do Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga, a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha.
Aos seis anos de idade, no dia da Festa de São Pedro, que é o padroeiro da cidade de Cachoeiro do Itapemirim, ele foi atropelado por uma locomotiva a vapor e sua perna direita teve de ser amputada até pouco abaixo do joelho.4 Até hoje ele usa uma prótese, mas evita falar no assunto.
Ainda criança aprendeu a tocar violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim. Apesar de seu sonho de infância de ser arquiteto, dedicou-se à música. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em português. Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero "Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo."5 Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos acreditando no seus sonhos de cantar.

Carreira musical

Década de 1950

Na segunda metade dos anos cinquenta, Roberto Carlos mudou-se para Niterói e, seguindo a tendência juvenil da época, entrou em contato com um novo ritmo musical, o Rock, passando a ouvir Elvis Presley, Bill Haley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck Berry. Em 1957, Arlênio Lívio, um colega de escola, levou Roberto Carlos para conhecer um grupo de amigos que se reunia na Rua do Matoso, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto "China" e Wellington. Formou com Arlênio, Trindade e Wellington o primeiro conjunto musical, The Sputniks. Certa vez, ele precisava da letra de "Hound Dog" - e o grande fã de Elvis Presley daquela turma de amigos era Erasmo (Carlos) Esteves. Desta forma, Roberto Carlos conheceu aquele que se tornaria o maior parceiro musical.
Tim Maia saiu dos Sputiniks e o grupo foi desfeito. Edson Trindade, Arlênio e China formaram o grupo The Snakes, chamando Erasmo para ser vocalista. A carreira solo de Roberto foi iniciada no mesmo ano como cantor da boate do Hotel Plaza, em Copacabana, cantando samba-canção e bossa nova. The Snakes acompanhavam tanto Roberto Carlos quando Tim Maia, contudo ambos nunca fizeram parte do grupo, Roberto Carlos passou a se apresentar com frequência em clubes e festas. Roberto foi convidado por Carlos Imperial a se apresentar no programa musical "Clube do Rock", da TV Tupi. Carlos Imperial costumava apresentar Roberto Carlos como o "Elvis brasileiro" e Tim Maia como o "Little Richard brasileiro". No final daquela década, Roberto gravou alguns compactos e iniciava sua carreira oficialmente.
Em 1959, Roberto Carlos lançou "João e Maria/Fora do Tom", um compacto simples. Dois anos depois, ele lançava o primeiro álbum, "Louco Por Você". Imperial compôs boa parte das canções deste disco. O disco não chegou a ter tanto sucesso, e hoje é esquecido parcialmente.

Década de 1960: a Jovem Guarda

Roberto Carlos no início dos anos 1970.
Roberto Carlos insistiu em investir na música jovem da época, o rock, e em 1962 lançou "Splish Splash". Com o amigo Erasmo, Roberto compunha versões de hits do álbum e canções próprias como "Splish Splash" e "Parei na Contramão", que se tornaram grandes sucessos. No ano seguinte, o cantor novamente esteve nas paradas de sucesso com o LP É Proibido Fumar, em que, além da faixa-título, destacou-se a canção "O Calhambeque". Assim nascia a Jovem Guarda.
Conhecido nacionalmente, Roberto Carlos começou a apresentar o programa Jovem Guarda em 1965, da TV Record, ao lado de Erasmo Carlos e Wanderléa. O programa popularizou ainda mais o movimento e consagrou o cantor, que se tornou um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Ainda em 1965, foram lançados os álbuns "Roberto Carlos Canta Para A Juventude" - com sucessos "História de Um Homem Mau", "Os Sete Cabeludos", "Eu Sou Fã do Monoquíni" e "Não Quero Ver Você Triste", parcerias com Erasmo Carlos - e "Jovem Guarda", com os sucessos "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Lobo Mau", "O Feio" (de Getúlio Côrtes) e "Não é Papo Pra Mim".
Em 1966, Roberto Carlos apresentou os programas "Roberto Carlos à Noite", "Opus 7", "Jovem Guarda em Alta Tensão" e "Todos os Jovens do Mundo", todos de vida efêmera e da TV Record. Mas o que mais marcaria aquele ano seria uma briga por motivos profissionais, que quase colocou fim à parceria entre Roberto e Erasmo Carlos. A razão da separação foi uma falha da produção do programa "Show em Si… Monal", da TV Record, que homenageava Erasmo. A produção do programa havia preparado um pot-pourri com as composições mais famosas de Erasmo, entre as quais "Parei na Contramão" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". A controvérsia foi criada por conta de que estas canções foram compostas em parceria com Roberto Carlos, mas os créditos foram dados unicamente a Erasmo. Os dois se desentenderam, e a parceria ficou suspensa por mais de um ano. Neste período, Roberto compôs "Querem Acabar Comigo" e "Namoradinha de um Amigo Meu", que foram lançadas no LP "Roberto Carlos" daquele ano o disco ainda tinha os sucessos "Eu Te Darei o Céu", "Esqueça" (versão de Roberto Corte Real), "Negro Gato" (de Getúlio Côrtes) e "Nossa Canção" (de Luiz Airão).6 Em 1967, a amizade Erasmo-Roberto seguia estremecida, embora os dois apresentassem - junto com Wanderléa - o programa "Jovem Guarda", na TV Record. Roberto Carlos compôs sozinho sucessos como "Como É Grande O Meu Amor Por Você", "Por Isso Corro Demais", "Quando" e "de Que Vale Tudo Isso", que seriam lançados no LP "Roberto Carlos Em Ritmo de Aventura", trilha sonora do filme homônimo, lançado no ano seguinte, e que teve produção e direção de Roberto Farias e elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias. O filme tornou-se um grande sucesso de bilheteria do cinema nacional. A relação entre Erasmo e Roberto Carlos voltaria ao normal por causa de "Em Ritmo de Aventura". Envolvido com diversos compromissos profissionais, Roberto não conseguia finalizar a letra da canção de "Eu Sou Terrível", que seria a faixa inicial da trilha sonora do longa-metragem. Então, ele pediu auxílio ao velho parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou a finalizar a letra. Assim, a amizade e a parceria dos dois foram retomadas.7 Ainda naquele ano, Roberto Carlos fez em Cannes (França) os primeiros espetáculos no exterior e participou de alguns festivais de Música Popular Brasileira. Com "Maria, Carnaval e Cinzas" (de Luís Carlos Paraná), o cantor ficou em quinto lugar. Algumas pessoas hostilizaram a presença de um ícone da Jovem Guarda - tido como "alienado" sob a óptica da época.
Em 1968 foi lançado o LP "O Inimitável". Disco de transição na carreira do cantor, o álbum teve influências na black music (Soul/Funk) estadunidense e emplacou vários sucessos, como "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo", "É Meu, É Meu, É Meu", "As Canções que Você Fez Pra Mim" (todas parcerias com Erasmo Carlos), "Ciúme de Você" (de Luiz Ayrão) e "E Não Vou Deixar Você Tão Só" (de Antônio Marcos). Ainda naquele ano, Roberto Carlos se tornaria o primeiro e único brasileiro a vencer o Festival de San Remo (da Itália), com a canção "Canzone Per Te", de Sergio Endrigo e Sergio Bardotti. A mudança de estilo do cantor viria definitivamente em 1969. O álbum "Roberto Carlos" foi marcado por um maior romantismo em lugar dos tradicionais temas juvenis típicos da Jovem Guarda. Entre os sucessos deste LP estão "As Curvas da Estrada de Santos", "Sua Estupidez" e "As Flores do Jardim da Nossa Casa", todas parcerias com Erasmo Carlos. Ainda naquele ano, foi lançado o "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", segundo filme dirigido por Roberto Farias e novo êxito de bilheteria.

Década de 1970 - 2000

Roberto Carlos em em abril de 2009.
A partir da década de 1970, marcaria o fim da Jovem Guarda e consolidaria o prestígio de Roberto Carlos como intérprete romântico no Brasil e no exterior (Estados Unidos, Europa e América Latina). O cantor seria o artista brasileiro que mais venderia discos no país. Várias das suas canções foram gravadas por artistas como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff. Em 1970, o cantor fez uma bem-sucedida temporada de shows no Canecão. No final daquele ano, foi lançado o álbum anual, que trouxe sucessos como "Ana", "Vista a Roupa Meu Bem" e "Jesus Cristo", canção que também marcava sua aproximação com a religião.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos a 300 km por Hora", o último filme e também um grande sucesso nacional. Ainda em 1971, foi lançado "Roberto Carlos", disco contou com os sucessos "Detalhes", "Amada Amante","Todos Estão Surdos", "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" (homenagem a Caetano Veloso) e "Como Dois e Dois" (de Caetano). O álbum "Roberto Carlos", de 1972, repercutiu com "A Montanha" e "Quando as Crianças Saírem de Férias", além de ter sido o primeiro LP a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas; e "Roberto Carlos", de 1973, com "Rotina" e "Proposta". Em 24 de dezembro de 1974, a Rede Globo exibiu um especial do cantor, que obteve um enorme índice de audiência. A partir daquele ano, o programa seria veiculado anualmente, sempre no final do ano.
Em 1975, o grande sucesso seria "Além do Horizonte". No ano seguinte, o cantor gravaria o novo LP nos estúdios da CBS em Nova Iorque. O álbum lançou as canções "Ilegal, Imoral ou Engorda" e "Os Seus Botões". Em 1977, Roberto Carlos gravou "Muito Romântico" (de Caetano Veloso) e "Cavalgada", lançadas no disco natalino e que alcançaram os primeiros lugares nas paradas musicais.
No ano seguinte, foi lançado "Roberto Carlos", de 1978, de onde se destacaram as famosas "Café da Manhã", "Força Estranha" (de Caetano Veloso) e "Lady Laura"- esta última dedicada a sua mãe. O disco vendeu um milhão e quinhentas mil cópias. Além de álbuns que vendiam mais de 1 milhão de cópias por ano, os shows de Roberto Carlos eram também disputados: em 1978, o cantor percorreu o país por seis meses, sempre com casas lotadas. Quando visitou o México em 1979, o papa João Paulo II foi saudado com a canção "Amigo", cantada por um coro de crianças. O evento foi transmitido ao vivo para centenas de milhões de pessoas no mundo. Roberto também se engajou da ONU em prol do Ano Internacional da Criança.
No início da década de 1980, participou de outra campanha, dessa vez para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Em 1981, o cantor fez excursões internacionais e gravou o primeiro disco em inglês - outros seriam lançados em espanhol, italiano e francês. Também gravou o disco anual, que contou com sucessos como "Emoções", "Cama e Mesa" e "As Baleias". Em 1982, Maria Bethânia participou do álbum anual, no dueto "Amiga". Era a primeira vez que o cantor convidava um outro artista para participar das gravações do disco. Roberto Carlos (1982) ainda teve o sucesso "Fera Ferida", outra parceria com Erasmo.
Em 1984, sua canção "Caminhoneiro" foi executada mais de três mil vezes nas rádios do país em um único dia e, no ano seguinte, "Verde e Amarelo" bateria esta marca ao ser tocada três mil e quinhentas vezes..8 Em 1985 participou da Campanha para ajudar as crianças da América Latina, na canção Cantarê Cantarás ao lado de Júlio Iglesias, Glória Estefan, José Feliciano, Plácido Domingos entres outros. Ganhou em 1988 o Grammy de Melhor Cantor Latino-americano e, no ano seguinte, atingiu o topo da parada latina da Billboard. Ainda em 1989, teve grande repercussão com "Amazônia". No tradicional especial de fim de ano da Rede Globo cantou sucessos como Outra vez ao lado de Simone
Durante a década de 1990, o sucesso de Roberto Carlos prosseguiu tanto em nível nacional quanto internacional. Em 1992 gravou seu nome na Calçada da Fama em Miami nos Estados Unidos, para artistas latinos. Em 1994, Roberto Carlos conseguiu bater os Beatles em vendagens na América Latina, vendendo mais de 70 milhões de discos. No mesmo ano, gandes artistas do rock nacional da época, como Cássia Eller, Kid Abelha, Skank e entre outros, gravam o disco REI em que eles interpretam grandes sucessos do cantor, e este é lançado no mesmo ano. Em 1995, liderados por Roberto Frejat, grandes nomes do pop-rock brasileiro como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank homenagearam Roberto Carlos com a gravação de canções da época da Jovem Guarda. No ano seguinte, Roberto Carlos emplacou mais um sucesso em parceria com Erasmo Carlos: "Mulher de 40", e gravou ao lado de Júlio Iglesias, Glória Estefan, Plácido Domingos, Ricky Martin, John Secada entre outros, em espanhol a canção Puedes LLegar, o tema das Olimpíadas de Atlanta nos Estados Unidos. Já em 1997, foi lançado o álbum em língua espanhola "Canciones que amo".
O cantor Roberto Carlos cumprimenta o Papa João Paulo II durante a sua visita ao Brasil, em 1997.
Em 1998, em decorrência da doença de sua esposa Maria Rita, Roberto Carlos teve de conciliar a gravação do disco anual e o apoio à esposa internada na capital paulista. "Seu disco anual", que quase não foi lançado, tinha apenas quatro canções inéditas, entre elas "O Baile da Fazenda", uma parceria com Erasmo Carlos e que contou com a participação especial de Dominguinhos. Em 1999, o agravamento do estado de saúde de Maria Rita, seguido de sua morte em dezembro daquele ano, fez com que o cantor deixasse de apresentar o tradicional especial de final de ano na Rede Globo e não gravasse o disco anual.9 10 A gravadora Sony acabou lançando "Os 30 Grandes Sucessos (Vol. 1 e 2)", uma coletânea dupla com os maiores sucessos da carreira de Roberto e uma faixa-inédita, a religiosa "Todas as Nossas Senhoras", escrita com Erasmo.

Década de 2000 - Atualmente

Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de 2000,11 12 título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano.13 14 Ainda naquele ano, o cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS),15 16 após 39 anos de parceria.17 Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o álbum "Acústico MTV",18 depois de meses de negociações entre a Rede Globo e a MTV Brasil.19 20 O álbum trouxe 14 releituras em versão acústica para antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em "É Preciso Saber Viver"), entre outros.
No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O Careta", de 1987.21 Também foi lançado o DVD "Acústico MTV",22 que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.23
No final de 2003, apresentou-se no Ginásio do Maracanãzinho, onde foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo, e também onde foi divulgado seu novo álbum, "Pra sempre", totalmente dedicado a Maria Rita. Com nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única faixa escrita com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a frase "Maria Rita Meu Amor") e a bela "Todo Mundo Me Pergunta", além da faixa título "Pra Sempre".
Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o cantor lotária o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo,24 síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos canções famosas como "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento.25 No final desse ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada.
Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível", "Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e "Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo", "Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e "Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua..26 Apesar do sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".27
A polêmica biografia de RC, à venda mesmo depois da apreensão judicial (foto de André Oliveira/flickr).
Em dezembro de 2006, foi lançado "Duetos", CD com quatorze faixas e DVD com dezesseis números, que apresentava momentos tirados dos especiais gravados para a Rede Globo desde a década de 1970. No mesmo período, a Editora Planeta lançou o livro "Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo,28 uma biografia não-autorizada sobre o cantor, resultado de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que participaram da trajetória de Roberto.29 Roberto Carlos repudiou a publicação, alegando haver nela inverdades, e anunciou sua intenção de retirar de circulação a obra. Ainda neste ano Roberto Carlos ganha o Grammy Latino pelo melhor álbum de música romântica (Álbum "Roberto Carlos", 2005)
Em janeiro de 2007, o cantor fez uma viagem à Espanha, onde gravou o primeiro álbum em espanhol em uma década. A Justiça deu ganho de causa a Roberto Carlos e o livro "Roberto Carlos em Detalhes" foi retirado das lojas ao final de fevereiro de 2007.30 Em 27 de abril de 2007, após longa audiência no Forum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, foi determinado o recolhimento de todos os exemplares do livro.31 Em junho, fez apresentações no Canecão. Além de participações especiais dos cantores Gilberto Gil e Zeca Pagodinho, dos jornalistas Nelson Motta e Leda Nagle e atores e atrizes consagrados, o repertório do show contou com a íntegra de "É Preciso Saber Viver", canção cujo verso "se o bem e o mal existem" o cantor se recusava a cantar fazia muito tempo, em função do TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), de que falou descontraído e apontando melhoras.
Em 2008, Roberto e Caetano Veloso fizeram juntos um show em tributo a Antonio Carlos Jobim que foi registrado no CD e DVD Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim. Nesse show participaram com eles Jaques Morelenbaum, Daniel Jobim e Wanderlea. Na ocasião em que completou 50 anos de carreira, em 2009, iniciou uma turnê de comemoração de 50 anos, cuja primeira apresentação foi em Cachoeiro de Itapemirim, sua cidade natal, no dia em que completa 68 anos. O show foi no estádio do Sumaré, em 19 de abril daquele ano. Em abril, aconteceu o show 'Elas Cantam Roberto - DIVAS', no Theatro Municipal de São Paulo, que contou com a participação de grandes cantoras nacionais como Adriana Calcanhoto, Alcione, Ana Carolina, Claudia Leitte, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Ivete Sangalo, Luiza Possi, Marina Lima, Mart'nália, Nana Caymmi, Paula Toller, Rosemary, Sandy, Wanderléa, Zizi Possi e Hebe Camargo e Marília Pêra. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 200932 .
Em 17 de março de 2010,gravou o CD e DVD '"Emoções Sertanejas"' ao lado de artistas da música sertaneja, como Paula Fernandes, Victor & Leo, Bruno & Marrone, Tinoco, Chitãozinho & Xororó, Daniel, Leonardo, Martinha, entre outros. O especial foi exibido pela Rede Globo no dia 1º de abril do mesmo ano e lançado em CD e DVD meses depois. Pela primeira vez desde 1974 Roberto Carlos fez um show ao vivo na Praia de Copacabana no dia 25 de Dezembro de 2010 para um público de 700.000 pessoas e transmitido ao vivo pela Rede Globo. o show contou com participações especiais do grupo de pagode Exaltasamba, dos sertanejos Bruno & Marrone e da cantora Paula Fernandes, de Neguinho da Beija Flor e a bateria da escola de Nilópolis (que levou em seu desfile a vida do Rei Roberto Carlos para o sambódromo no carnaval de 2011) além de um coral de 200 crianças da comunidade da Rocinha.
Em 2011 a Beija-Flor foi a grande campeã do Carnaval Carioca. Com o enredo "A simplicidade de um rei", sobre a vida de Roberto Carlos. Com um desfile tecnicamente perfeito, marca registrada da agremiação, a azul e branco contou com todo o carisma do rei, que veio no último carro alegórico e levou a Marquês de Sapucaí ao delírio. Ao final do desfile, Roberto Carlos disse que chorou e sorriu na avenida. No segundo semestre o cantor realizou um show para mais de 5 mil pessoas na cidade de Jerusalém. O evento na cidade santa foi cantado em várias línguas e gravado em CD e DVD com tecnologia 3D.
Em novembro de 2012 é lançado Esse Cara Sou Eu. O álbum chegou à liderança do ranking de vendas do Itunes Brasil apenas com compras antecipadas, faltando ainda uma semana para o lançamento.33

Vida pessoal

Roberto Carlos sempre manteve sua vida pessoal afastada dos holofotes e nunca permitiu a exposição dos filhos. Em seu repertório, Roberto Carlos homenageou seus pais (Lady Laura e Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo) e seus filhos (As Flores do Jardim da Nossa Casa, Quando As Crianças Saírem de Férias e Fim de Semana).
No período da Jovem Guarda, ele possivelmente teve um caso passageiro com a modelo Maria Stella Splendore, então mulher do famoso estilista Dener. Desta relação, há a possibilidade, até hoje não confirmada, do cantor ser pai da filha de Maria Stella, Maria Leopoldina Splendore Pamplona de Abreu. Isto teria sido o pivô da separação de Dener e Maria Stella.34
Em 1968, ele casou-se em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi Braga, falecida de câncer de mama e câncer de pulmão, em 1990. Cleonice é mãe de seus dois filhos, nascidos no Rio de Janeiro: Roberto Carlos Segundo, chamado de Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido em 1969, e Luciana, nascida em 1971. Segundinho nasceu com glaucoma de difícil tratamento e hoje tem menos da metade da capacidade visual e anda sempre de bengala e acompanhado.35
Ele ainda assumiu a paternidade de Ana Paula Rossi Braga, filha de um namoro de Cleonice em que o pai do bebê não quis assumir. Roberto, então, por amor a esposa, se apegou a filha dela e a registrou como sua filha legítima, colocando nela o seu nome na certidão. Em 1979, o casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Myrian Rios, com quem teve um casamento que duraria onze anos. Não quiseram ter filhos.
Na década de 1990, o cantor descobriu que o seu breve relacionamento com a modelo e comerciante Maria Lucila Torres gerou um filho, Rafael Torres, que ele assumiu como seu filho legítimo através de teste de paternidade. Na época, Maria Lucila não quis revelar a Roberto que ele a tinha engravidado por vergonha, pois foi um caso passageiro que tiveram. Ela sempre falava ao filho que Roberto era seu pai e Rafael fez o teste para realizar o desejo da mãe Após alguns meses de ter descoberto que Roberto era seu pai, Rafael perdeu a mãe: Maria Lucila morreu de câncer de mama. Roberto, antes dela morrer, a tirou da casa miserável que vivia com os três filhos, sendo só Rafael filho de Roberto, que a colocou em uma casa melhor para ela viver até sua morte, que foi rápida e repentina.36
Em 1995, o cantor casou-se com sua antiga namorada, a pedagoga Maria Rita Simões Braga - eles não quiseram ter filhos. Eles se conheceram em 1977, quando a enteada de Roberto Carlos apresentou a amiga ao padrasto, em um show do interior de São Paulo, já que Ana Paula e Maria Rita estudaram juntas, mas o pai de Maria Rita não aceitou a aproximação deles dois, por Roberto ser bem mais velho. Eles se separaram e só voltaram a se reencontrar catorze anos depois, em 1991, quando começaram a namorar.35 .
Em 1998, foi diagnosticado câncer em todos os órgãos, o que fez Maria Rita sofrer muito internada. Ela veio a falecer em dezembro de 1999, fato que abalou profundamente Roberto Carlos.37
Em 17 de abril de 2010 morreu aos 96 anos Laura Moreira Braga, mãe de Roberto, a dois dias de o Rei completar seu aniversário de 69 anos. A notícia da morte de sua mãe foi dada durante uma apresentação que Roberto Carlos fez no Radio City Music Hall, em Nova York. Ana Paula morreu em 16 de abril de 2011 nos braços do marido, o guitarrista Paulo Coelho Soares, que toca na banda de Roberto. Ana Paula faleceu de repente de parada cardíaca, o que causou muita tristeza a Roberto Carlos.38 . Roberto, muito arrasado, cancelou um show que faria em Vitória no dia de seu aniversário (19 de abril).39

Obra

Discografia

DVDs

Filmografia

Roberto Carlos estrelou filmes inspirados no modelo lançado pelos Beatles na década de 1960.40 O primeiro longa-metragem foi "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, lançado em 1967. Um ano antes, havia sido iniciada a produção de "SSS Contra A Jovem Guarda", mas o filme jamais foi concluído.
Participações
Figuração

Notas e referências

  1. Cabo, Leila. (Junho de 2012). "El Rey". Billboard Brasil: 34. Brasil: BPP.
  2. Blog Roberto Carlos Braga: Os Pais Na Obra De Roberto Carlos. Página visitada em 22 de abril de 2010.
  3. Os Pais do Rei - MY SKY. Página visitada em 6 de maio de 2010.
  4. Roberto Carlos celebra meio século de carreira com show hoje. folha.uol.com.br. Página visitada em 12 de janeiro de 2010.
  5. ARAÚJO, Paulo Cesar de. Roberto Carlos Em Detalhes. Capítulo 1. (Editora Planeta).
  6. ARAÚJO, PAULO CÉSAR. (2006). "Roberto Carlos Em Detalhes" (PDF): 269-271. Editora Planeta.
  7. ARAÚJO, PAULO CÉSAR. (2006). "Roberto Carlos Em Detalhes" (PDF): 274-276. Editora Planeta.
  8. RC Em Detalhes.
  9. Morre Maria Rita, mulher de Roberto Carlos. Folha de S.Paulo.
  10. Um Natal sem Roberto Carlos.
  11. Roberto Carlos faz show depois de um ano de luto. Folha Online.
  12. Folha Online.
  13. Roberto Carlos chega hoje às lojas com {{subst:Número2palavra2|2}} milhões de CDs vendidos. Folha Online.
  14. Nas paradas da AM ou não, Roberto Carlos faz CD para quem ama. Folha Online.
  15. Cantor Roberto Carlos move ação contra a Sony e pede rescisão de contrato. Folha de S.Paulo.
  16. Roberto Carlos rompe relações com a Sony. Revista Época.
  17. Roberto Carlos recebe indenização da Sony. Folha Online.
  18. Roberto Carlos grava dezessete canções para o "Acústico MTV". Folha de S.Paulo.
  19. MTV cede às exigências da Globo para gravar acústico. Folha Online.
  20. Ninguém vai exibir "Acústico MTV" com Roberto Carlos; CD será vendido. Folha Online.
  21. Roberto e Erasmo são condenados por plágio. Folha de S.Paulo.
  22. Em DVD, Roberto Carlos mostra o que fez somente para a MTV. Folha Online.
  23. Cantando Jesus Cristo, Roberto Carlos encerra show no Aterro. Jornal do Brasil.
  24. Vou me curar". Revista Veja.
  25. Fé não move a montanha", diz Roberto Carlos. Folha de S.Paulo.
  26. Roberto Carlos faz acordo em caso de plágio. Folha Online.
  27. Roberto Carlos e Ivete Sangalo estão entre os premiados do Grammy latino "brasileiro". UOL Música.
  28. Roberto Carlos Em Detalhes", de Paulo Cesar de Araujo.
  29. Roberto Carlos em Detalhes" analisa trajetória do Rei. Folha de S.Paulo.
  30. Juiz manda interromper venda de biografia não-autorizada de Roberto Carlos. Folha Online.
  31. Editora aceita recolher livro de Roberto Carlos, que desiste de indenização. G1.
  32. Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. revistaepoca.globo.com. Página visitada em 20 de Dezembro de 2009.
  33. Roberto Carlos é líder no Itunes em pré-venda. G1,Globo. Página visitada em 05/12/2012.
  34. A Hare Krishna Maria Leopoldina Splendore, caçula do costureiro Dener, pode ser filha de Roberto Carlos e diz que aceita fazer exame de DNA.
  35. a b Título não preenchido, favor adicionar.
  36. Título não preenchido, favor adicionar.
  37. Título não preenchido, favor adicionar.
  38. Título não preenchido, favor adicionar.
  39. Título não preenchido, favor adicionar.
  40. O Rei aos 70 anos: festa, música e cinema. Jovem Pan (19 de abril de 2011).

Ver também

Ligações externas

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