quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Doença que matou cavalos da PM-PE pode ter atingido outros animais

Cavalos do Centro de Vigilância de Jaboatão podem estar com a bactéria.
Adagro coletou amostras de sangue dos animais, mas resultado não saiu.

Do G1 PE
A mesma doença incurável que está impedindo que os cavalos do Regimento Dias Cardoso, da Polícia Militar de Pernambuco, saiam às ruas também pode estar vitimando animais no Centro de Vigilância Animal (CVA) de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A equipe do NETV 1ª edição esteve no local nesta quarta-feira (7) e constatou as condições precárias do local.
A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) esteve no local na terça (6) e coletou amostras de sangue de todos os cavalos. O resultado que confirma se os animais têm ou não a bactéria Burkodéria Mali, que causa a doença mormo, deve sair em até 20 dias. A enfermidade ataca o sistema respiratório do animal, que precisa ser sacrificado. A Adagro esteve no local em novembro e um cavalo, que teve a doença detectada, morreu antes do exame anterior sair.
O centro funciona no bairro do Engenho Velho. É o local para onde os animais recolhidos pelas ruas do munícipio são levados. Atualmente, o CVA tem 15 animais, segundo a gerência de Vigilância à Saúde do município. O local está com vários problemas estruturais e o mato crescido dá parência de que está abandonado. Com risco de contaminação, os funcionários estão usando roupas especiais e máscaras.
A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Pernambuco (Ademape) denunciou que muitos animais já morreram no local em decorrência da doença. "Recebi a informação de que até o final do ano passado, 32 animais foram recolhidos. Dois foram eutanasiados por causa da doença e outros 14 morreram”, explica Manoel Tabosa, presidente da associação.
O guarda municipal Edson Francisco, que trabalha no CVA de Jaboatão, disse que cavalos foram enterrados no terreno que fica em frente ao Centro. De acordo com a gerência de Vigilância à Saúde, um animal teve a doença e outros dois morreram. Foi aberta uma vala, onde os cavalos mortos foram colocados dentro, em seguida foram incinerados e depois jogaram o barro por cima.
Pela parte de trás do centro, é possível ver os animais que estão nas baias, alguns muito magros. A determinação da Adagro é que, nos locais interditados por causa da contaminação da doença mormo, os animais devem ficar isolados, até que seja confirmado que eles estão saudáveis, o que não vem acontecendo.
O professor Rinaldo Mota, do Departamento de Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), explica que o mormo atinge o sistema respiratório e a pele dos animais. As áreas atingidas produzem secreções. A doença só pode ser transmitida para os seres humanos se as pessoas tiverem contato com as secreções dos cavalos contaminados. Se a doença for diagnosticada no começo, ela tem cura nos seres humanos.
Ele disse, ainda, que a recomendação do Ministério da Agricultura é sacrificar e incinerar os cavalos com o mormo para que outros animais não apresentem a doença e também para que ela possa ser controlada. A incineração é indicada para matar a bactéria transmissora do mormo, que não resiste ao calor.

Fonte: G1.com

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