No Brasil existe apenas um caso comprovado de cura da doença (humano), em 2008. Em 2011 ocorreram três casos de raiva humana no Brasil, sendo dois transmitidos por cão e um por macaco, todos na região Nordeste.
Que animais de estimação podem adquirir raiva?
Cães e gatos são os principais animais domésticos que transmitem a doença ao homem, mas outros animais domésticos também podem ter a doença e ocasionalmente transmitir, como bois, cavalos, porcos. Existe também um ciclo entre morcegos – que transmitem a doença principalmente para bovinos, equinos e o homem, além de outros animais silvestres, sendo que no Brasil existem casos de raiva no homem transmitido por saguis (macacos, micos), raposas e cachorros-do-mato.
A raiva é causada pelo quê? O que ela desencadeia no organismo do animal?
A doença provoca uma paralisia progressiva, que pode ser antecedida de uma fase de excitação – fase furiosa –, percebida principalmente em cães. Há uma mudança de comportamento e o animal passa a não reconhecer o seu ambiente e o seu dono, foge da luz, para de comer ou passa a comer coisas não habituais (madeira, metais, etc.) e para de beber água. O som (latido, miado) se modifica, parecendo que o animal está rouco ou engasgado. A partir desse ponto, a paralisia progride até a morte. Alguns animais não apresentam a fase furiosa ou esta é muito curta e não percebida.
Qual é o período de incubação?
O período de incubação (da entrada do vírus no organismo até o aparecimento dos primeiros sintomas da doença) é bastante variável, podendo ser de dias até meses ou anos. Há estudos em cães e gatos que indicam que nessas espécies a transmissão pode se dar até cinco dias antes do início dos sintomas e perdurar até a morte.
Quanto tempo demora para os sintomas aparecerem? Neste tempo já é possível o contágio? O que é a chamada raiva furiosa?
A raiva furiosa corresponde à fase de excitação.
E a raiva muda?
A raiva muda corresponde à raiva paralítica, quando a fase de excitação não aparece.
Como prevenir a raiva?
A raiva é facilmente prevenível em animais domésticos pela vacinação anual. O Ministério da Saúde promove, anualmente, campanhas de vacinação para cães e gatos. Para a prevenção da raiva humana, basta iniciar o tratamento o mais breve possível após o contato, seguindo as orientações médicas, que podem variar da observação do animal agressor até a aplicação de soro e vacinas. Apenas cães e gatos são observados.
Como é feito o diagnóstico da doença?
O diagnóstico da doença é clínico e laboratorial, sendo que a comprovação normalmente é post-mortem, pela pesquisa do vírus no cérebro.
Filhotes podem pegar raiva?
Filhotes podem pegar a doença através do contato com a saliva de animal contaminado. Filhotes podem ter proteção parcial adquirida pela mãe, caso essa seja imunizada contra a doença.
Nessa idade a doença é mais perigosa?
Há registros de casos de raiva humana transmitida por filhotes, através de mordeduras e lambedura de mucosas.
Se um animal vacinado for mordido por outro com raiva, o que fazer?
Se um animal vacinado for agredido por animal suspeito de raiva ou raivoso, deve ser comunicado ao serviço de zoonoses local, pois a conduta pode variar conforme a idade, estado vacinal do animal e restrição de movimentos (confinado, semiconfinado ou solto).
Dra. Cristiana Ferreira Jardim de Miranda - CRMV 4164-MG - é Médica Veterinária, Mestre em Epidemiologia e Doutora em Epidemiologia e Medicina Veterinária Preventiva pela UFMG.
Fonte: Idmed Pet
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